A Selecção Nacional de Angola defronta hoje às 21h00 a sua congénere do  Senegal, em jogo o respeitante ao Grupo B, que marca o encerramento da  primeira fase do Afrobasket'2015.

Os hendecampeões continentais, que têm assegurada a qualificação para os oitavos-de-final, estão desprovidos de qualquer pressão e  prometem brindar os seus exigentes adeptos com uma prestação que apague a pálida imagem deixada nos dois primeiros encontros.
Corria o ano de 1983, quando angolanos e senegaleses mediram forças pela primeira vez, com triunfo da equipa nacional por 68-61, desfecho que os angolanos pretendem repetir volvidos 32 anos, apesar do momento menos bom que atravessa. O grau de dificuldade é maior e, como tal, desperta mais interesse e aumenta os índices motivacionais, daí que mesmo a contar feijões ninguém quer perder.
Com a presença garantida na fase seguinte, Angola e Senegal disputam uma espécie de final antecipada deste Afrobasket, já que independentemente do resultado de hoje não terão preocupações de monta na segunda fase, em que teorciamente enfrentam adversários de menor porte e sem poder técnico-táctico capaz de beliscar a sua continuidade na prova.
República Centro Africana e Uganda são os adversários que enfrentam nos oitavos-de-final, selecções reconhecidamente de nível inferior. Angolanos e senegaleses estão, na óptica dos respectivos treinadores, mais preocupados com a sisematização e eficácia dos diagramas tácticos, bem como do aumento da qualidade e eficácia das suas principais unidades. Será interessante acompanhar a luta nas tabelas, em que será preciso melhorar o enquadramento defensivo, as ajudas, a recuperação das segundas bolas e a saída rápida para o contra-ataque, para além de uma sobremarcação a Dieng Gourgui, sem dúvidas, uma peça chave na manobra da equipa senegalesa. Apesar das diferenças nas condições morfofisiológicas, designadamente peso, altura e estatura, Angola apresenta um conjunto mais homogéneo e consiste em termos de disciplina táctica e jogadores que em dois ou três rasgos individuais podem inverter o rumo dos acontecimentos.
Angola e Senegal já mediram forças a nível do Campeonato Africano  das Nações em 12 ocasiões, com um saldo de dez vitórias e duas derrotas para equipa nacional, que depois do primeiro título continental, em 1989 em Luanda, assumiu o domínio da modalidade.  No Afrobasket'1997, no Senegal, a Angola perdeu por 43-57 e só voltou a somar derrota em 2011, no Madagáscar, por 78-85. De resto, o seu percurso é positivo, a julgar pelos triunfos por 68-61 (1983), 68-64 e 71-66 (1991), 91-80 (1993), 73-51 e 68-55 (1995), 68-60 (2001), 73-60 (2003) e 67-59 e 70-61 (2005).